Fotos
eróticas de cinco estudantes de escolas públicas de Luziânia, cidade
goiana do Entorno do Distrito Federal, foram parar na internet e viraram caso
de polícia. As imagens começaram a circular nas redes sociais no último final
de semana. As denúncias são investigadas pela Polícia Civil, que ainda não sabe
quem divulgou as fotos.
As postagens
mostram as adolescentes nuas ou seminuas, em posições sensuais. Segundo o
Conselho Tutelar, em todos os casos as fotos foram tiradas pelas próprias
jovens. Na maioria das vezes, as fotografias acabaram feitas a pedido de
namorados.
O caso tomou
grandes proporções na cidade. “Os comentários e boatos tomaram conta da cidade
inteira. Nossa preocupação é frear isso”, afirma o conselheiro tutelar Maiko
Maier. Para isso, o Conselho enviou uma resolução a todas as escolas da cidade
com o objetivo de explicar o que pode ser feito nesses casos e alertar sobre a
gravidade da situação.
“Uma
publicação na rede social hoje, com esse avanço tecnológico, é uma imagem que
vai perdurar por um bom tempo. Nesse caso, como são imagens eróticas que comprometem
a índole do adolescente, pode acarretar em prejuízos futuros de alta
gravidade”, alerta o conselheiro tutelar.
Ao menos
dois pais já procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, produzir e repassar fotos ou
vídeos eróticos de menores é crime e pode levar a até seis anos de prisão.
Porém, a
delegada e do adolescente Dilamar de Castro, titular da Delegacia da Mulher
(Deam) e da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai),
aponta responsabilidade das próprias adolescentes sobre a situação.“Nós vamos
tentar identificar o autor, quem fez essa transmissão. Mas a adolescente, no
caso a vítima, é muito responsável a partir do momento que ela se expõe desta
maneira”, afirma a delegada.